Vendo CD

Vou fingir que minha última postagem foi ontem e escrever como se nenhuma pausa tivesse ocorrido pra poupar vocês das desculpas de sempre (tempo, inspiração, instiga, paciência, enfim).

Quando isso aqui funcionava bem direitinho, tínhamos o costume de falar bem ou mal de tuuudo, inclusive de música. Esse, por sinal um dos tópicos mais discutidos pelos colaboradores do Post Pira, me faz voltar aqui depois de um século offline.

Nesse dia dos namorados resolvi fazer algo de diferente. Resolvi que não ia ficar em casa curtindo momentos all by myself! Solução: tomar bons drinks em Olinda com as amigas. Isso é ta na melhooooooooooor! haha.

Pois bem, passamos o dia perdendo nossa credibilidade na cachaça. Por volta das 21h, ali pela Praça do Carmo – na pausa entre o vinho e a cerveja – um hippie chega junto pra vender algum bregueço. Estávamos no meio de uma discussão sobre o código florestal (mentira, era discutindo a relação das amigas mesmo, com direito a choro) e a luz era fraquíssima. O hippie, que não era hippie, tira da bolsa-carteiro CDs de sua autoria e explica que ta fazendo divulgação da sua música. Se eu tivesse sóbria, apenas diria que estava sem grana. Mas bêbada, tudo revolta.

“e aê, tem myspace?”

Responder negativamente foi o suficiente.

Não lembro muito bem qual foi a conversa, mas minha fala inflamada contra alguém que não está inserido na lógica do download deve ter sido pesada. Ganhei um CD e a autorização para divulgar.



Hoje, sóbria, poderia iniciar um belo discurso sobre a queda nas vendas de CDs, com ênfase para quem tá começando. Poderia iniciar uma discussão polêmica a respeito da vida do músico, como ele ganha dinheiro hoje – com a venda de CDs ou ingressos de shows. Mas vou deixar meu lado Gimenez de lado.

Se ele não tivesse lá com sua voz mansa vendendo o CD provavelmente nunca nos conheceríamos. Mas, se a única maneira das pessoas conhecerem seu trabalho for essa, a chance do nosso querido Lucas passar despercebido é grande.

Sou Maria Palheta de coração, adorei o repertório e achei a voz dele encantadora. Esses são motivos justos para criar um myspace? www.myspace.com/lucas_notaro

A arte do CD poderia sem melhor desenvolvida, mas isso é o de menos, ele é um gatinho! Hahahaha.

Facebook do boy: http://www.facebook.com/notaro.lucas

O Lucas agora corre o risco de ficar conhecido no mundo inteiro.

Vamos lá, escutem as músicas dele e curtam no face.

Por enquanto é o que temos para hoje. Espero que agora ele se instigue e faça videos, né?

Próxima etapa: canal no youtube.

Publicidade é tudo, minha gente. Já fiz todo um planejamento de sucesso pra esse rapaz.

Ps: Solução de Vez e Jornada são músicas dele!

 

Celulari, separado de Cláudia Raia, quer jantar comigo.

mala-direta

Aumente para ler.

Edson Celulari, separado de Cláudia Raia, me chamou pra jantar.

Depois que ele se separou “separado de Cláudia Raia” virou tipo um título ( Alexandre, o Grande… Ivan, o Terrível…).

Alguns dias atrás recebi uma espécie de telegrama que nem li direito, joguei fora. Mas eu me lembro que tinha algo do tipo “em 7 dias você receberá um envelope amarelo”…

Lembro também do rodapé: “se não quiser receber envie de volta com a resposta não”. Bom, eu não fiz nada, óbvio. Lá vai eu no correio perder meu tempo pra responder “não”… NÃO EIN!

Eis que surge um grande envelope amarelo com uns adesivos verdes, uns carimbos vermelhos… na minha porta.

mala direta

Gente, essa história de “em sete dias” é macabra e o envelope era grande e pesado. E eu tava tão atordoada com tudo aquilo que nem li direito o que tinha na capa, fui abrindo.

E de lá sairam pelo menos 989.999.988 resmas de papel rumo ao lixo.

A mala direta foi da Revista Seleções e eu só reparei que era esse o produto que tavam querendo me vender muito tempo depois da revolta com tanto papel e tantas promessas de prêmio em dinheiro, carro, casa, jantar…

mala_direta

A pessoa mais sortuda do mundo sou eu.  A raspadinha me deu 3 estrelas, digaí.

Mas como é ein, mala direta é isso?

Uma busca rápida na web e você encontra conceito e manual.

CRIANDO MALA DIRETA

“O grande diferencial da mala direta está no fato de que através de um único modelo de carta, o remetente consegue dirigir-se diretamente a cada pessoa, independentemente do número de destinatários ao qual a mesma será remetida.”


A única revista que eu assino é a Computer Arts da editora Europa. Talvez meus dados passeiem por aí, é?

Eles podem mapear meu interesse por leitura de revista, por informação… Ah, mas lembra que é de computação gráfica? Design e pá?

Mala direta não é barata. O material que me enviaram tinha até r-a-s-p-a-d-i-n-h-a. Papel bonito, impressão boa… Tudo jogado no lixo. Acho que a maior merda que uma empresa pode fazer é mandar material para o público errado. E eu era o público errado! Ou o material foi errado. Vejamos.

Aparentemente a intenção do marketing foi me fazer assinar a Seleções pela possibilidade que tenho de ficar ryca.

Talvez eu até pudesse me interessar pela revista, dei uma olhada no site e parece que ela aborda de tudo um pouco… Mas nada disso me foi dito na mala-direta.

O material não fez nenhuma referência ao conteúdo, nem no formato que me foi enviado, nem na linguagem, nem nas cores.

Essa história de prometer mil coisas não passa de spam, quando não é news do peixe urbano, grupon, e afins, né…

Se eu assino revista, mesmo que seja de arte, isso significa que eu priorizo informação. E ninguém quis me ganhar pelo conteúdo. Só por que a revista fala de bosta a foguete, não quer dizer que todo mundo vai se interessar. Agora me diz poooor queee, meu deuss, não me mandaram isso numa news? Barato pra eles, menos peso na minha consciência ambiental.

Acredito que um material impresso é bem mais impactante, de fato dedico mais atenção a coisas táteis que a newsletter. Mas tudo é uma questão de COMOFAS.

Eu pego um milhão de panfletos na centro da cidade e me sinto uma catadora pois sou uma intermediária do lixo.  Os panfleteros empurram na caixa dos meus peitos um bracinho nada delicado com aquelas  artes  tipicas do corel (chapado verde no fundo e letras vermelhas, quando não tá em preto e branco) CRENDO que aquilo vai ser lido. Dificilmente vai, mesmo que o serviço me interesse. Se me entregassem um papel todo branco, sem nada, talvez me chamasse mais atenção.

Personalizar uma correspondência vai muito além da referência nominal: OLÁ, ISABELLI VASCO DOS REIS.

Eu tenho plena consciência que meu nome foi automatizado, assim como o de meio milhão de indivíduos e por isso não me sinto especial, nem próxima ao produto.

Para chegar a algo de fato personalizado, o mail marketing/mala direta, tem que chegar de diferentes maneiras para diferentes públicos. Essa segmentação é essencial pra quem quer pagar por um material que chegue, atinja, informe, e não vá pro lixo antes de qualquer impacto. O barato se torna caro quando o dinheiro que você investiu no tanto de papel e envelopes amarelos vai para alguém que vai jogar td fora. No caso da distribuição virtual, o perigo é ficar conhecido como o maior enchedor da caixa de entrada alheia.
A revista pode interessar a maior galera do Brasil, mas o modo como ela vai ser vendida tem que ser diferente sim, e esse é o grande trunfo da mala-direta. O que me mandaram cairia bem na caixa de correio dos meus avós: eles se interessam por leitura informativa, tem tempo para isso, cresceram com Silvio Santos, Telesena, Raspadinha…

Acredito que pelo público-alvo ser de grande abrangência, não houve esse cuidado com segmentação na comunicação. Pra mim, isso é perda de money.

A lógica é a mesma pra qualquer tipo de mídia tradicional. Estou* saturada de informações, apenas o entretenimento me atinje.

*Escrevo tudo na esperança de ser universal, não na certeza. Então me refiro a mim mesma, com o EU na frente. 🙂


Ok. Eu assino a Computer Arts da editora Europa. Isso quer dizer que estou no mailing deles. Endereço, email, telefone, ocupação, renda… 

Eles podem mapear meu interesse por leitura de revista, por informação… Ah, mas lembra que é de computação gráfica? Design e pá?

Mala direta não é barata. O material que me enviaram tinha até r-a-s-p-a-d-i-n-h-a. Papel bonito, impressão boa… Tudo jogado no lixo. Acho que a maior merda que uma empresa pode fazer é mandar material para o público errado. E eu era o público errado! Ou o material foi errado. Vejamos.

Talvez até pudesse me interessar pela revista, dei uma olhada no site e parece que ela aborda de tudo um pouco… Mas nada disso me foi dito na mala-direta. Aparentemente a intenção do marketing foi me fazer assinar a Seleções pela possibilidade que tenho de ficar ryca.

Se eu assino revista, mesmo que seja de arte, isso significa que eu priorizo informação. E ninguém quis me ganhar pelo conteúdo. Só por que a revista fala de bosta a foguete, não quer dizer que todo mundo vai se interessar. Agora me diz poooor queee, meu deuss, não me mandaram isso numa news? Barato pra eles, menos peso na minha consciência ambiental.

Acredito que um material impresso é bem mais impactante, de fato dedico mais atenção a coisas táteis que a newsletter. Mas tudo é uma questão de COMOFAS.

Personalizar uma correspondência vai muito além da referência nominal: OLÁ, ISABELLI VASCO DOS REIS.

Eu tenho plena consciência que meu nome foi automatizado, assim como o de meio milhão de indivíduos e por isso não me sinto especial, nem próxima ao produto.

Para chegar a algo de fato personalizado, o mail marketing/mala direta, tem que chegar de diferentes maneiras para diferentes públicos. Essa segmentação é essencial pra quem quer pagar por um material que chegue, atinja, informe, e não vá pro lixo antes de qualquer impacto. O barato se torna caro quando o dinheiro que você investiu no tanto de papel e envelopes amarelos vai para alguém que vai jogar td fora. No caso da distribuição virtual, o perigo é ficar conhecido como o maior enchedor da caixa de entrada alheia.
A revista pode interessar a maior galera do Brasil, mas o modo como ela vai ser vendida tem que ser diferente sim, e esse é o grande trunfo da mala-direta. O que me mandaram cairia bem na caixa de correio dos meus avós: eles se interessam por leitura informativa, tem tempo para isso, cresceram com Silvio Santos e a Telesena…

Acredito que pelo público-alvo ser de grande abrangência, não há esse cuidado com segmentação na comunicação. Pra mim, isso é perda de money.

Guia de Humilhação Publica

Olá queridos leitores.

Meu post de hoje vai para você, estudante de publicidade que sonha, almeija, DESEJA MAIS DO QUE TUDO, conseguir um estágio/emprego em Direção de Arte na Propaganda.

Conselho do Dia: DESISTA! (hã, como assim Márcia?)

Calma minha gente! Guarda esse polígrafo que eu ja vou explicar tudinho.

Trata-se da campanha da empresa de celular norte americana AT&T, onde seu conceito estava em promover sua presença em todos os lugares do mundo, através um excelente trabalho de pintura, e mobilização né?

Pois é, diretorezinhos de arte de merda, larguem suas tablets, seus Photoshops e Ilustrator um  pouquinho. Quem sabe se você fizr pinturas em mãos de terceiras,vc não consegue mais ascenção profissional?

Não adianta dominar diversos programas de computação gráfica sem ter uma devida noção de cultura, estéticas culturais, desenho, o que contribue para desenvolver criatividade. Choremos, pois. Em UNÍSSONO. (keke, -brinks)

Bgsmeespera no proximo PostPira, pq eu sou peão boiadeiro e trabalho logo mais.

Credito das fotos: Meu Pé de Abobrinha

O Melhor São João do Mundo

As roupas de frio são necessárias e não compõe um look forçado, tipo Gravatá. Não vi as confusões características de Caruaru. A lotação estava perfeita.

A distância age como um filtro que faz com que as pessoas que se submetem às 4h de viagem sejam as mais bonitas – tem gente feia tb, mas até os feios depois de um tal de ‘tira a roupa’ se arrumam… Pois bem, pra variar encontramos o point da cachaça! A casinha apertada de taipa (com o nome de Cachaçaria mesmo) vendeu as lapadas responsáveis pelo esquente da noite dos recifenses acostumados com os 30º. E a garrafinha mais comprada era bem parecida com o Axé vendido em Olinda alta. O Tira a Roupa tinha pó de guaraná, cana e alguns ingredientes aí que não lembro. Só sei que a moçada ficou feliz da vida em Arcoverde… Que Campina Grande exista para sempre e arraste todos os cafuçús do mal!

Apesar da concorrência e do clima não propício a bebidas refrescantes, o sucesso na hora de tomar uma foi a Schin. Refrigerante ou cerveja, ela foi a mais pedida.

Durante os dias 23, 24, 25 e 26 de junho, o pessoal comprava refri ou cerveja e ganhava um ‘vale 1 ponto’. Juntando 6 e mais nenhum real você resgatava uma caneca supermegahiper legal de plástico.

Dia desses discuti com alguém até onde as idiotices da nossa querida publicidade funcionam.

Taí uma prova de que com pouco esforço dá pra alcançar uma mobilização gigante. O brinde era um copo, minha gente. Mas eu vi gente comprando Schin apenas pelo cupom e, por sorte, todos os pontos de vendas estavam abastecidos. Se não era fight.

Isso não quer dizer que o povo vai passar a gostar mais de Schin que de Skol por causa de uma ação besta. Pra garantir sucesso de vendas num tempo e local específicos o caminho parece ser mais eficaz quando não somos obrigados a tomar a ‘marca oficial’ do evento. Garanto que a Schin não ofereceria tanta satisfação se apenas seus produtos fossem comercializados. Satisfação que pode ser percebida pelo casal da modelagem abaixo:

O nariz entupia, mas meu querido irmão tomava cerveja Schin.

Quem também passou por lá foi a 51, com o velho adesivo da paquera e da azaração pra colar do lado esquerdo do peito. Não vi ninguém estragando o modelito com essa intervenção. Na época gold do São João da Capitá isso funcionava – eu acho que eu tinha uns 15 anos. Não que eu esteja muito mais velha, mas 5 anos pra minha geração são 50…

No entanto, depois da meia noite, alguns casais vestidos de matutinhos se embrenhavam no mei do pé-de-serra distribuindo chapeuzinhos daqueles de Luiz Gonzaga, só que de borracha e com a logo da cachaça. Aí eu vi a turma se empolgar…

Mais uma ação besta que cumpriu com o papel de aparecer efetivamente. E salvou a 51 dos adesivos (#morteaosadesivos).

Agradecimentos à Marília e Otávio, meus consultores de massa.

Ao que me consta, eram 15 pólos, mas eu fiquei satisfeita com 3. De noitinha no Alto do Cruzeiro, rolava o coco seguido do pé de serra, todos os dias lotado. O pessoal voltava pra casa umas 20/21h pra se arrumar e se encontrava na praça do palco principal. Ao redor, outros Pólos delícias traziam pé de serra e coco, entre eles o Pólo das Artes, ao lado da Cachaçaria, que nos abrigou todos os dias 🙂

Daqui pra frente, São João é em Arcoverde.

O PostPira lançou até achocolatado pra firmar o compromisso.

Publicitários na Paraíba.

Quinta (10), depois de negociar com seus respectivos chefes, pais, namorados…

Um grupo seleto do Centro de Artes e Comunicação partiu sorridente para o Intercom 2010 em Campina Grande.

Apenas os jornalistas tiveram a oportunidade de participar das atividades do congresso. O resto pegou a rebaba, lutou pra achar algo que se aproximasse da sua área e no fim decidiu beber. Espero que nas próximas o pessoal leve mais em conta o ‘COMUNICAÇÃO’ presente na sigla e diversifiquem mais os temas, abram mais oficinas, enfim.

Alojamento: muita gente, muita bicha, meninas de um lado, meninos do outro, gritaria, água gelada pro banho e quente pra beber, pão de ontem de manhã e ainda rolou uma confusão envolvendo exu e pomba-gira. Ano que vem estaremos alojados outra vez (mesmo que o congresso seja aqui). 🙂

Quer conhecer a cidade? Fique a vontade, a praça é sua. E, se for no sábado, sua e de mais ninguém! Imploramos por qualquer pagode pega bebo, mas as coisas só funcionam após as 18h – isso por que estamos quase no São João. Acredito que as pessoas adormecem durante o ano inteiro pra acordar nas noites em junho.

Tirando a música pernambucana, Campina Grande não é lá grande coisa.

Nem o forró que toca nos shows são de lá – nada contra, Eliane arrasou, mas pra quem tá na pira de descobrir algo novo… frustração.

Como eu pontuei no comecinho, tudo se resolve na cachaça.

Poco Loco. A Rua da Moeda receberia esse bar de braços abertos!

Muito Coco de Arcoverde, Cordel do Fogo Encantado e até Lenine eu ouvi.

A decoração fica por conta de stêncils, grafitagens, colagens, esculturas… um show de intertextualidade.

Depois da Integração, esse foi o pico do congresso.

**Passagem R$1,80, arrasou!**

Localizado no começo do Parque ou Pátio do Povo, nunca vou decorar…

Terceiro point:

Caldinho de queimar os beiços, cana da braba. 2 reais. Coisa de Jesui.

Ótimo no friozinho.

Teve gente que se passou, mas, enfim…

A Bic fez uma ação beeem legal no meio da praça/pátio pra promover um isqueiro super hiper mega ultra econômico.

Notem o detalhe no lado esquerdo! Um display na forma de isqueiro gigante preenchido com 3.000 caixinhas de fósforo. Achei lindo. Essa era a entrada para o “estacionamento” do balão, atração principal.

Os promotores distribuiram folders pro pessoal preencher e concorrer a um passeio de balão por Campina… Mas o sorteio só rolava dia 17. #fail

Melhor que flashmob. 🙂

Por fim, tenho que fazer referência ao Self Service sem balança, R$6!

Bom na Brasa. Não me perguntem como chegamos lá…

Dessa vez nem teve tanta aventura. Mas fica a dica pra enxer o buxo e a cara de cana.

Um oferecimento, PostPira:

Vuvuzelas pra que te quero

Esse post é dedicado pra você, que passa as suas manhãs e tardes de junho/julho, preso no seu trabalho e/ou faculdade, louco pra assistir um jogo da copa.

Já que é durante este lindo período em que brasileiros viram brasileiros, donas de casa viram cheerleaders (leia-se: euforia uniformizada), e crianças ficam alienadas pela grande quantidades de produtos ofertados pelo mercado, nada mais propício do que falar sobre o mais novo fenômeno aclamado pelo mundo: as Vuvuzelas.

Sim, se você nunca tinha ouvido falar o que sequer significava Vuvuzela, ou não aguenta mais assistir a um jogo com aquele zunido de abelhas furiosas durante 90 minutos, TRAGO A SOLUÇÃO. (isso aqui nao é mershan da Tabajara nao ok? bjs)

Um site francês chamado Olybop, altamente inspirado pela Copa do Mundo de Futebol, criou o que viria ser uma edição especial do Guitar Hero, o Vuvuzela Hero: Legends of Africa.

Se não servir para melhorar a qualidade da “musica” feita pelos sul-africanos, PARABENS. Mas quer seja bom ou não, não deixará saudades, ou sequer será aprovado para produção. (será Márcia?)

Ok, cabou a hora da brincadeira. Queria agora destacar a ação promocional feita pela Vitarella no São João da Capitá em Recife, nos dias 11 e 12 de junho.

A Ampla foi muito criativa em trazer à cena pernambucana, uma outra adaptação (essa foi boa viu?) do game Guitar Hero.

Trata-se do Sanfona Hero, qeu foi produzido nos mesmos moldes do Guitar Hero, mas incorporada com musicas de Geraldinho Lins e Petrúcio Amorim, agregando mais valor aos sentimentos nordestinos criados durante os festejos juninos. (Fonte: Mercado no Ar)

Enquanto uns tocam vuvuzelas, e outros, sanfonas, vou pegando minha estrada porque ainda tenho muita coisa pra fazer hoje.

A Guerrilha dos Beatles

O décimo terceiro e último álbum dos Beatles, Let It Be, foi  lançando em 8 de maio de 1970, paralelamente com um filme: Live. O filme ganhou o Oscar de melhor trilha sonora original. A canção que leva o nome do álbum chegou ao topo da Billboard em 13 de junho, onde permaneceu quatro semanas.

8 de maio. 40 anos atras.  Marco na historia. Calma, calma, estou apressando as coisas. Vamos retroceder. Começar por explicar o titulo desse post.

Guerrilha, na liguagem militar, classifica-se como:

Tipo de combate não convencional no qual o principal estratagema é a extrema mobilidade dos combatentes. Se por um lado os guerrilheiros muitas vezes carecem de equipamento, por outro contam com a ajuda de populações que os defendem.

Guerrilha é surpreender. Colocar seu exercito onde ninguém colocou de forma inteligente e perspicaz. Saber usar as ferramentas e marcar seu território.

Na linguagem publicitária, classifica-se como:

Tipo de publicidade não convencional no qual o principal estratagema é a extrema mobilidade dos anunciantes. Se por um lado os anunciantes muitas vezes carecem de equipamento e grandes pacotes de mídia adequados, por outro contam com a ajuda de populações que os defendem.

Guerrilha é surpreender. Colocar sua marca onde ninguém colocou de forma inteligente e perspicaz. Saber usar as ferramentas e marcar seu território.

O seeding, a infinita criação de sites de compartilhamento de mídia e a popularização do famigerado viral, termo que de certo modo designa o sucesso da guerrilha, contribuíram para o aperfeiçoamento da tática. Mas até hoje não se tem uma resposta para: quem foi que inventou essa porcaria de marketing de guerrilha?

Teorias existem várias. Cada pseudo-intelectual (leia-se universitario metido a besta) tem a sua. Inclusive eu. Ela pode até não ser a mais correta, mas com certeza é a mais romântica.

Em 30 de janeiro de 1969, nos telhados da Apple Studios, quatro cabeludos surgiram sem aviso prévio e fizeram aquela que seria a última apresentação dos Beatles em público. E talvez a mais bem sucedida guerrilha de todos os tempos.

A idéia de subir até o telhado da gravadora e realizar o Rooftop Show ja virou lenda. Lennon afirmou, em entrevista a Rolling Stone de 77, que Brian Epstein, empresário do Beatles morto em 1967 de uma overdode de calmantes, costumava ironizar: “o dia que vocês quiserem realmente aparecer, cantem no meio do asfalto e de graça”.

Tal comentário de Epstein teria sido lembrado por Ringo Star na manhã daquele dia, quando os Beatles e, a sempre presente, Yoko Ono se reuniram no estúdio para definir as canções do álbum Let It Be. O baterista sugeriu que aquela era a oportunidade de ganhar mídia espontânea e gratuita, fazendo uma aparição surpresa em pleno centro de Londres.

Outra tese, bem mais defendida pelos chatos críticos musicais, é que tudo estava planejado há semanas pela Apple, e que fazia parte do projeto Get Back. Projeto ambicioso planejado pela gravadora com a  intenção de provar em público que os Beatles estavam em sintonia. Com isso em mente, a gravadora já havia preparado aquele show e, inclusive, avisado dezenas de veículos de comunicação alguns minutos antes.

Armado ou arranjando de última hora feito caldo de cana, essa guerrilha acabou virando filme. Intitulado Live, o curta mostra passo a passo desde a chegada dos Beatles à gravadora, passando por entrevistas com  fãs boquiabertos na calçada até a polícia mandar o grupo parar de tocar por causa do tumulto causado.

A apresentação não dispensa comentários. O constrangimento dos Beatles durante as músicas é visivel. Aliás, George Harrison já havia demonstrado desgaste comentando meses antes que deixaria o grupo. John Lennon concordou, dizendo que ele poderia ser substituído por Eric Clapton. Mas Paul Mccartney foi efusivo ao afirmar que “não existiria Beatles com outra formação”.

Além disso, havia a presença  de Yoko Ono. Baita presença, vale salientar. Ela participou ativamente das gravações de Let It Be, dando pitacos sobre as músicas. A picuinha foi violenta. Paul  nao a suportava mais. E as brigas entre o grupo viraram rotina.

Esse último show teve como grande ponto positivo a aparição de Billy Preston, mais um que foi considerado o ‘quinto-beatle, o tecladista introduziu em Let It Be uma sonoridade mais original e moderna para época, atitude condizente para a banda que introduziu a cítara no Rock e  o tornou marca registrada do psicodelismo.

Foi uma despedida do tamanho dos Beatles? Certamente não. Mas o som precário, o clima ruim e as paredes sujas talvez tenham conseguido passar a nós, fãs, o que os quatro estavam sentido há anos. Cansaço, distância e desentrosamento. John, Paul, Ringo e George se viam como completo estranhos.

Criaram a guerrilha, porem nao resistiram a mesma.

Não havia mais diversão no palco. Eram os últimos acordes do maior grupo de todos os tempos.

Os Beatles estavam acabando.

Videos, Videologs, Vlogs

Acho que todo mundo já deve estar ligado nessa nova onda do universo internético: os vlogs. Na verdade, os videologs já existem há certo tempo, inclusive uma plataforma muito conhecida para a inscrição de um vlog é o YouTube (o Vimeo é outro exemplo), mas parece que só agora houve esse boom, que fez muitos vlogs surgirem, ou entrarem em evidência. Principalmente, depois do big sucesso que o canal MASPOXAVIDA, do PC Siqueira, e o NÃO FAZ SENTIDO, do Felipe Neto, tiveram..  nem sei se posso afirmar isso. Para ser sincera, até pouco tempo, antes de decidir escrever sobre vlogs, minhas únicas referências eram esses dois.

Bem, ao que me parece, me baseando em pura especulação e achismo, os vlogs tem grande potencial para se tornarem nova ferramenta de divulgação de conteúdo feita por empresas/marcas/instituições em geral, assim como o twitter e o formspring vem sendo. Sua repercussão definitivamente gera ‘buzz’, porque assim como um blog ou um twitter, o vlog gera pauta na conversa do dia a dia das pessoas que acompanham. Porém com um diferencial: o apelo visual e a assinatura de uma pessoa e não de uma corporação, que diferente da mídia convencional televisiva, pode se direcionar a um nicho específico, pois cria um referencial. As pessoas que assistem a um vlog, muito provavelmente identificam nele padrões comuns: a forma como se expressam, o uso de gírias ou palavrões, como se vestem, o gosto musical, os temas discutidos nos videos, entre outros. Dessa maneira, se alavanca a chance de absorção da mensagem pelas pessoas, já que é dado um voto de confiança àquele que nos fala.

Então, um vlog, assim como um blog, pode servir de várias formas: pode ser seu diário-desabafo ou pode ser guiado por temas, como por exemplo, dicas de maquiagem, ou sobre filmes, ou sobre qualquer coisa que lhe vier à cabeça, mas sempre acaba por parecer com um ‘programa de tv’. Há quem redija os textos antes, mas há também quem improvise.

E como garantir que um vlog vai dar certo? Como fazer um video pular dos 10 views para os 150 mil? Como os virais, a probabilidade das expectativas no planejamento não corresponderem aos resultados é muito grande. Minha mera visão de ainda estudante universitária pouco experiente me diz que vai muito da sorte e dos detalhes certeiros. Claro, planejar e buscar referências novas, que estão em alta, contam e devem ajudar, mas não é tudo.

E é engraçado escrever sobre isso, porque estamos vivendo todas essas mudanças  – o orkut sair de moda  e cair na decadência, a supressão dos fotologs da vida pelo flickr, o surgimento e fim do flash mob, o aparecimento de várias outras redes sociais, como o twitter, facebook, formspring, etc  – então justificar ou tornar visíveis em estatísticas os resultados é ainda muito difícil, até porque temos limitado acervo para pesquisa. Além disso, vivemos em uma década de grande rotatividade de tudo. Nossas referências musicais, por exemplo, ainda são os cantores e bandas que surgiram nas décadas passadas; os novos “artistas” de hoje são provenientes de BBB’s sem nenhuma certeza de sua longevidade “artística” (que de artistas não tem nada, pelamor). Portanto, pode ser que no próximo mês todo mundo já se canse de vlog, porque hype mesmo vai ser vlog em 3D e quem tiver vlog no youtube é prego ultrapassado.

Errr… isso foi só uma análise simplória mesmo… porra-louquice da minha cabeça…

Para você que ainda não percebeu ou ainda não foi atingido por essa nova ‘onda’, aí vão dois vídeos dos vlogs que eu citei lá em cima.

MASPOXAVIDA:

http://www.youtube.com/maspoxavida#p/u/8/LwCSohAQGLA

NÃO FAZ SENTIDO:

http://www.youtube.com/felipeneto#p/a/u/1/o_Q36q2hmao

OBS.: Como vocês já devem saber, somos estudantes de Publicidade da UFPE, e estamos pagando uma cadeira chamada “Publicidade e Meios Digitais”, aí teremos que apresentar uma pesquisa em breve sobre alguma plataforma da internet. Escolhemos o Youtube, com enfoque nos vlogs. Assim, para realizar essa pesquisa, teremos que criar um vlog… então já fica a dica aí, em breve vai ter postpira em vídeo. (Bléé, pode ser que saia uma merda, mas inicialmente é só experimental, tá?)

Paper arts and crafts

‘obainternetgratis’, a rede wireless do corredor de comunicação da ufpe,  proporciona o encontro nosso de toda semana na porta do ppgcom… E está ficando cada vez mais potente. Quando descoberta, a rede dos broders só pegava no primeiro corredor.

Hoje, o movimento ganhou força (sinto gvt no ar) e faz a felicidade da geral nas salas de aula. Mas é no cantinho do elevador que ela é utilizada de maneira mais assídua.

E foi lá que, numa rodinha bastante produtiva, deitados no chão com nossos macbooks no colo, que trocamos algumas referências bibliográficas, discutimos a posição das grandes empresas num mundo globalizado e afundado em crises socio-político-ambientais e

Entre orkut, twitter, facebook, formspring, msn, gtalk e blogs, conheci o monsterism .

@putzpedro – que eu estou sondando como colaborador para posts futuros – me indicou o portfólio desse cara que se garante em toy art.

Mas toy art é só a ponta do ice. Na hora que bati os olhos num projeto do cara, saquei um detalhe que tá tirando meu sono nos últimos tempos.

O detalhe (na esquerda) mostra que esse painel foi todo produzido com papel.Nesse mesmo papo, alguém levantou que toy art era a coisa mais fácil de fazer. Que a arte que imita ou reproduz a realidade requer muito mais esforço, dedicação, talento.

Os trabalhos mais simples são os mais brilhantes justamente por que parecem fáceis. Desenhar um personagem, dar expressão à objetos inanimados, humanizar animais, plantas, etc, do meu ponto de vista,  pede muito mais da criatividade do artista. E eu acredito que, quando buscamos representar qualquer coisa por meio de diferentes abordagens – como uma ilustração, uma maquetezinha – estamos praticando um exercício de paciência e, principalmente, deixando a imaginação fluir. Esse tipo de representação do real me fascina muito mais do que um retrato.

Grande parte das ferramentas que dispomos nos programas de edição foram desenvolvidas a partir de técnicas artesanais. Eles facilitam e agilizam nosso trabalho. Mas  pra você se sentir fazendo algo real mele os dedos na tinta gelada, espalhe pedaços de papel picado pelo chão…  depender do computador cansa… E essa história de arte com papel me inspirou muito. 🙂

Achei uma série de trabalhos interessantes quando busquei pela web por paper art e craft.

Saquem o trabalho do PeopleToo

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Texturas

Essa semana não deu pra prestar atenção em outra coisa.

Anunciante: Raymundo da Fonte

Agência: Gruponove (?)

Outs e backs (só o vidro ou a traseira do ônibus inteira, respectivamente, vulgo mídia-bus), painéis no metrô… E isso foi só o que eu vi por enquanto, deve ter mais por aí.  Só sei que já bastou pra merecer um post pira.

A imagem tá propositalmente grande, pra abrir e observar.

Pra mim, o uso de texturas em direção de arte é o luxo do momento.

Mas esse anúncio foi super além do uso simples e não-conceitual das boas paredes manchadas, papéis velhos, galhos de árvore, etc.

Muito simples, né? Fácil de fazer: imagens em alta resolução, uma por cima da outra, cortadas em formas simples pra dar aquela embunitada. Por que não fizeram isso antes?

Quem parte de conceitos bem amarrados e busca referências tem a possibilidade de lançar algo assim, encantador,  partindo de algo nem tão novo assim.

Aqui vai meu incentivo de hoje: bumbum na cadeira, tutoriais na tela. O que importa não é ‘como transformar alguém em avatar’ ou ‘como fazer alguém envelhecer no photoshop’. A técnica que os tutoriais passam nas entrelinhas – como usar uma ferramenta ou outra que você nunca tinha visto, pra que servem as máscaras, como dominar a pen – por mais idiota que pareça, pode ser usada mais adiante de uma forma totalmente diferente, atrelada à algum conceito.

O uso de texturas não é difícil. Se esse briefing chegasse até você, de alguma maneira, você consideraria o uso de texturas?