Muito prazer, meu nome é otário

Tem coisa pior que encontrar um conhecido e não saber se ele lembra de você? Tem. O conhecido lembrar de você mas desconfiar que você não. Volta e meia o ser humano encontra-se nesse inevitável paradoxo de sua existência. Os minutos seguintes ao encontro costumam ser escalafobeticamente constrangedores. Eu sei como é.

Meu carro quebrou esses dias e tive que andar de ‘busão’, faziam meses desde meu último “passeio” de ônibus. Subi no CDU lotado e me assustei com a quantidade de gente nele: até em cima do motor tinha neguinho sentado. Ao passar pela catraca, depois de muito sofrimento, consegui dar dois passos e surpresa! Uma menina que estudou comigo no colégio estava a poucos, impossíveis, passos de mim. E agora? Ela lembra de mim?

Não pude evitar de perceber: como ela envelheceu. Estava meio cheinha, rosto cansado, pele ruim. Chegou a me olhar de canto umas três vezes, mas evitou qualquer reação que acusasse um cumprimento. Como era mesmo o nome dela? Amanda? Não, definitivamente não. Laís? Talvez… Raquel? Isso mesmo, era Raquel. Devia eu tomar a iniciativa? Problema: não lembro se fui um cafajeste-cabra-safado-manipulador com ela no colégio.

Ahhhhh meu amigo, eu era bonitão. Jogava bola, era esperto, o mais engraçado da sala. As meninas adoravam. Talvez ela fosse apaixonada por mim e eu nunca percebi. Tadinha, a fiz sofrer. Melhor não puxar papo. Será? Quem sabe ela quer conversar para passar o tempo, daqui até a parada tem chão. Muito chão. Não, se quisesse mesmo já teria feito. Vai ver ela nem lembra de mim. Impossível, eu fui o amor da vida dela. Ela deve ter raiva de mim. Se brincar ela é a moderadora da comunidade “Eu amei Victor Wanderley. Aquele cachorro”. Putzzz.

Eu gostava dela, era gente boa. Conversamos bastante na quinta série. Assuntos de quinta série, seja lá quais eram, não lembro. Só lembro que ela tinha um cheiro de maçã. E também era a única que usava grafite 0.7, eu vivia pegando emprestado. Aiai, Raquel Raquel… Como era bom rir dos outros com voce. Eu já falei do cheiro de maçã? Era de torta de maçã, mas não do Mequidoni (Leia McDonalds) era mais do tipo caseira feita por vóinha.

Ela não pára de me olhar, ela lembra de mim. Talvez eu devesse pelo menos dar um oi. Relembrar, a convidar para tomar um café. Quem sabe da próxima vez, minha parada é essa. VAI DESCER MOTÔÔ!!

PÓPARACUMPÓ. PÓPARACUMPÓAEW. É o Victor? Meu deus, ele tá calvo. Não, pior, ele tá careca. Careca é tipo a 2ª divisão do calvo, a conexão discada do calvo, A sessao da tarde do calvo. Como ele engordou, ta com um bucho de cerveja, meu Deus. Olha… Ele tá vindo. E agora? Duvido lembrar de mim. Ele era dislexico, coisa assim. Ele parou. Isso, fica aí, não tem mais espaço aqui junto.

Ele parece triste. Cara de solteiro. Coitado, sempre foi sozinho. No colégio já não era popular, pegava ninguém. Pra piorar, era reserva daquele time ridículo. Se achava humorista. Puta merda, era insuportável demais. As meninas viviam falando mal dele. Eu, nunca. Achava um exagero com o menino que já sofria tanto.

Sentava sempre ao meu lado. Era doidinho por mim. Quebrava os grafites daquela lapiseira do Darth Vader de propósito só pra puxar papo comigo. Lesinho, nunca fui na dele. Era preciso mais que aqueles olhos lindos para me conquistar. Gostei da barba por fazer, pelo menos o visual tá razoável agora.

Eu sentia pena, acho que por isso passava a aula conversando com ele. Adorava quando elogiava o meu perfume, mesmo nunca ter sentido o tal “cheiro de bolo de laranja”. As imitações dos professores também eram ótimas, todos adoravam. Até aquela vaca da Bia que saiu com ele. Será que ele lembra dessa história?

Ah, porque não um “oi”? Só pra recordar. Ele não pára de me olhar. Que pena. Ele desceu. Esteve tão perto de ser feliz. Me desperdiçou. Espero que sobreviva.

Boa sorte, Vitoca.

Esse sou eu Victor Wanderley, o Vitoca. Nao sou calvo. Nem careca. Muito menos barrigudo. Isso é intriga da oposição. Não canto em banda de brega. Ja vi Forrest Gump. Escuto musicas que ninguem escuta. Acho Elvis, John e Michael os melhores que ja existiram. Nessa ordem. Curtindo a Vida Adoidado merece uma igreja. HAIR também. Escuto George Harrison uma vez por dia. Melhor, 2 vezes. Chuck Norris é meu amigo. Nasci em Urucu-Mirim, Mamanguape, Patos, Sao José do Egito e Tracunhaém. Ao mesmo tempo. Aceito doações pro VictorEsperança. 0800 5151. Aiai, me deram carta branca pra escrever o que quiser… Se lascou PostPira!!! Pira Pira Piro!!!!

Take my picture, Hollywood

DAWES meu nome é Mateus Leão, mais conhecido como @matels para quem me segue no Twitter, sou colega de sala dessas recalcada que postam aqui e tenho certeza que será muito divertido estar com vocês cantar com vocês brincar com vocês.

Estarei, sempre que possível, que necessário, que conveniente ou simplesmente quando eu tiver a fim meismo, adicionando glamour e dignidade para este espaço maravilhoss. Não vou seguir a linha temática como Binho (inclusive eu quero saber quando ele vai mudar o subtítulo para CINCO cabeças piradas CASO ELE NÃO TENHA LIDO OS TERMOS DE UTILIZAÇÃO DO WORDPRESS TEM DIZENDO LÁ QUE O COLABORADOR PODE PROCESSARLO CASO SINTA-SE AMEAÇADObrinks), quero falar qualquer porralouquice da minha cabeça, afinal eu sou uma pessoa versátil VERSATILIDADE É O FUTURO NAO É MESMO? (Não é bem bipolaridade, mas caso você seja burrinho, imagine que seja, daí fica todo mundo feliz)

Enfim, sou amante assumido de pós-modernidade e cultura pop, sou poliglota (falo português, inglês, espanhol e tiopes), tenho uns hobbies estranhos (tipo ficar olhando freneticamente fotos de montanhas-russas ao redor do mundo) e amei a ideia de arregar o blog alheio porque não tive paciência suficiente pra criar um só meu (inclusive blog conjunto bomba muito mais fala sério??).

Por enquanto acho que é isso, volto logo mais com um post pira pra vocês, beijos :*

vasco da gama, sua fama assim se fez…

Muitos e muitos posts depois (a galera está postando freneticamente desde que a largada  foi dada) apareço eu, com a cara mais lisa do mundo!

Isabelli, Vasco.

Teoricamente, Binho é o que mora mais longe, na prática: eu sou de Olinda. Minha vida é um tanto quanto corrida e eu alimento minha mente com todo tipo de informação, vinda de todos os ambientes.

Acredito nas idéias que saem de uma mesa de bar, adoro Beatles e sou fã número um da banda de brega De Las Negas (cujo repertório contempla swing do amor, banda lapada, kitara, conde do brega, reginaldo rossi…). Não aguento ficar parada por muito tempo, exceto diante de um computador.

E nem esse me prende aqui hj!

Banda Caetano R$ 5!

Se eu não sair de casa em 20 minutos Hélio roda a mão na minha cara!

É piiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiraaaaaaaaaaaaaaaaa

Finalmente.

Finalmente, após tantos brainstorms, tanta delonga pra entrar em um consenso para decidir um nome, cá estamos nós, os quatro integrantes. Ávidos para escrever, embora ainda não esteja muito claro sobre o quê. Pois a função desse blog é bem metalinguística, a ideia do blog surgiu dessa necessidade de escrever, dessa prática que se faz necessária a todos os seres pensantes, e, principalmente, aqueles que almejam uma profissão no caminho tortuoso da comunicação social, para a qual estudamos.

Por que pira? Isso eu deixo para ser respondido, aos poucos, a cada post.

Do Marketing à Pobreza.

” Senhores jurados sou um poeta
um multipétalo uivo, um defeito
e ando com uma camisa de vento
ao contrário do esqueleto.

Sou um instantâneo das coisas
apanhadas em delito de paixão
a raiz quadrada da flor
que espalmais em apertos de mão.

Sou uma impudência a mesa posta
de um verso onde o possa escrever
Ó subalimentados do sonho!
a poesia é para comer.”

A defesa do poeta – Natália Correia

Assim como este poeta desvairado, passarei a escrever. Contando com carinho de mãe, ânsia de leão e sangue frio cirúrgico as coisas dessa minha vida.

Se acham que vão encontrar gozos lingüísticos, enganam-se redondamente. Sou “poeta” da rua e do pé-no-chão, mesmo que por deveras me encontre afastado dele.

Do brega ao cult, do lírico ao burlesco, da cinza ao pó, do marketing à pobreza. Assim como meus colegas, não me limitarei. Experimental da cabeça aos pés.

Salve Dalí!

Ahhh… Por sinal, me chamo Hélio. E você?