Programa Educacional #2 (Cinema)

Ahh o cinema, uma das melhores invenções do ser humano, perdendo apenas pro Cine Privê e o Food-Delivery.
Lá você pode assistir á um bom filme, comer uma pipoca amanteigada, pegar sua namorada/boyzinha sem pudores, garantir sua renda mensal de pirataria, traficar drogas ou armas, ficar bêbado, esconder um corpo, pirar bla bla bla etc e tal. As possibilidades dentro desse maravilhoso lugar são simplesmente infinitas, e aqui nesse mais novo programa (des)educacional, ensinarei a melhor delas: A Arriação.

Eles podem pensar “NOFFA, effas peffoas pagam pra fazer bagunffa em um lugar? que ultraje“, mas é totalmente o contrário . Não é porra-louquice o que ensinarei aqui, e sim a arte escalafobética da avacalhação inconsequente. Várias e várias gerações de idiotas que tentaram isso só se ferraram, mas agora isso vai mudar!

Participando do programa você aprenderá os mais variados métodos de se cagar de tanto rir.

WARNING: As instruções contidas aqui vieram de vários vagabundos, deliquentes, meliantes, vândalos, punks, headbangers, pirados,  maconheiros ( tá, maconheiros foi um grande pleonasmo, desconsidere isso) e tranceiros usuários de ecstasy. Portanto, se você for pego, preso, apanhar da mamãe por isso, o PostPira não se responsabiliza por você; você não leu isso aqui ok? Pra falar a verdade esse blog nem existe, mas que blog? Você tá imaginando coisas, vá se tratar.


1): Montando a Equipe

Ahh, então você acha que vai conseguir sozinho né, fodão? Acha que essa cara-de-pau-grande vai bastar?  Rarará. Qual é a graça de avacalhar um cinema sozinho? NENHUMA, Zero, Zip, Picas. Precisamos arranjar parceiros. Arranje gente que você confia, que não vão bundar e que não tem medo de fazer o que apresentarei aqui. De preferência chame aquele seu amigo ex-detento membro da Jovem, que já foi preso 5 vezes por homicídio qualificado e que anda de bike. Eles são os melhores pra esse tipo de coisa.

– NÃO CHAME: Nerds jogadores de Word of Warcraf, que falam Klingon e colecionam revistinhas do Batman e do Superman, alguém da sua família, sua namorada, aquele gordinho da sua rua que joga “barra-a-barra” sozinho por ser muito derrota, seus pais (obviamente) ou amigos fofoqueiros e medrosos.

– CHAME: Seus amigos do fundão, o autor deste post, punks, headbangers, seus amigos do reggae, a rockeira esquisita que senta atrás de você, a galera da geral, pessoal do CDU/Varzea,  seu(s) irmão(s) ou algum mendigo aleatório (pois é, mendigos também merecem se divertir).

Após sua equipe METICULOSAMENTE montada, obrigue-os a fazer um juramento de nunca falar nada nem dedar os outros. Nossa filosofia é “Se um se fode, o resto vai junto“.


2): Escolhendo o Local

Tá, convenhamos, arriar naqueles cinemas chiques que cobram até o papel higiênico é suicídio. Lá pode ter seguranças por todo lado, aqueles lanterninhas vestidos boiolisticamente com uniformes coloridos ou faxineiras gordas do mal. MAAAS, infelizmente, praticamente só temos cinemas desse tipo aqui em Recife, portanto, você vai ter que ser muito atrevido pra fazer isso, ou não ter muito juízo, o que é o caso.  Peço apenas que você tenha extremo cuidado. Sério, não quero que você vá pra cadeia.

Então,  o melhor seria escolher um cinema “mediano”, mas não naquelas porcarias de $3 do centro, nem aqueles cine pornôs escrotos, onde 99% dos frequentadores são travecos punheteiros e que os assentos possuem 8 tipos diferentes de doenças venéreas.
Escolhido o local , não se esqueçam que o melhor horário para tirar onda é  nas ultimas sessões da noite ou depois das 22:00, quando a maioria dos funcionários vão embora e não fica NINGUÉM do lado de fora.  Ou então vão a hora que quiserem mesmo, tô cagando e andando, desde que haja muita gente no cinema.

3): Açao

“Olha ali hãhãhã, rramu tacá pipoca naquela gatinha ali ó arrghn” <– ISSO é atitude de retardado tabacudo. Jogar pipoca nos outros é a coisa mais mongol que alguém pode fazer dentro de um cinema. Isso não é arriação de verdade, e, se você A) FAZ, B) GOSTA, C) ACHA ENGRAÇADO ou D) TODAS AS ANTERIORES , pode parar por aqui. Volta pro site do Cartoon Network. Ensinarei agora métodos DE VERDADE, pra você defecar seus intestinos de tanto rir (ok, nem tanto assim). Recomendo que você e seus amigos, primeiramente, levem mochilas. É o instrumento principal, caso queiram levar “materiais” pra dentro. Certo, escolheram o filme e compraram os ingressos. Entrem no cinema normalmente e se preparem para a ação:

  • Cheirar Bom-Bom

Quer chocar as pessoas ao seu lado? Primeiramente, combine com um broder de comprar aqueles bom-bons de hortelã (sabe, aquelas brancas que quebram fácil?), aí vocês trituram elas até virarem pó. Fica igualzinho coca, pergunte a seu amigo colombiano, ele vai confirmar. Levem pra dentro do cinema, e sentem perto de alguém. Aí quando ficar escuro, diga audivelmente para o seu parceiro “Macho, passa o pó aí” (essa frase terá mais impacto caso você for vestido igual á um marginal. Chinelão cor azul-pedreiro, camiseta da Inferno, boné BadBoy virado para tras são opcionais). Aí você faz uma carreirinha no braço da cadeira da pessoa ao seu lado (não se esqueça de pedir licença, educação em primeiro lugar), e vai cheirando tudo, igual um viciado noiadão. Quando acabar, dê aquela olhada cruel para a pessoa. Provavelmente ela não vai te denunciar nem nada, mas contenha-se e não dê risada na hora, ou vai tudo por água abaixo.
OBS: Não seja fresco e cheire logo o “pó”, é só bom-bom e você não vai viciar nem ficar doidão. (O cheiramento de bom-bom de hortelã é aprovado e insentivado devido ao alto teor de refrescância que elas proporcionam).

  • Viva São João!!!

Em clima de São João, compre aqueles fogos de artifícios e você já sabe o resto. Compre, de preferência, aliadas,  uns peido-de-veia, rojões, ou até algumas bombas-cordão. P.S. – O uso de traque-de-massa é ESTRITAMENTE proibido. Traque-de-massa não é fogos de artifício e não servem pra nada. Uma boa idéia é fazer uma “fogueirinha” com as bombinhas, você junta umas 10 pelo pavio, depois acende e se manda. Isso assustará muita gente, mas cuidado , se você matar algum véi com problemas cardíacos, SE FODEU, viverá com isso eternamente na sua consciência. Mesmo assim, não deixará de ser engraçado…

  • Laser

Sabe aqueles laserzinhos que vendem nas Só2 da vida? Compre. É um dos melhores jeitos pra deixar a galera emputecida no cinema. Na hora que o filme começar, coloque a luzinha no telão, e fique mexendo ela irritantemente. Entre um intervalo e outro, grite bem alto “RRAMO PARÁ COM ESSA PORRA AÊ?” e 10 segundos depois continue com o laser. Comprovado, em menos de 5 minutos terá mais gente gritando. Mas cuidado pra ninguém ver que é você o dono do laser.

  • Cobra!!!!

Sente-se com toda a sua equipe na última fileira do cinema, mas não deixe que as pessoas percebam que vocês se conhecem (Essa ação terá mais graça em um cinema cheio, de preferência em alguma estréia), então, quando o filme estiver na melhor parte, grite bem alto ” PORRA, TEM UMA COBRA AQUI EM BAIXO!!!111!!one!1″ aí todo mundo levanta e corre gritando de pânico. É TIRO E QUEDA, o cinema todo vai levantar e sair correndo também (Wandercleyson, o autor desse PE#2 aprova essa ação, por proporcionar mais de meia hora de risadas ininterruptas e algumas risadas durante o resto do mês). Depois que os idiotas verem que não há cobra nenhuma por lá, NÃO VOLTE PRO CINEMA com seus amigos, eu repito, NÃO VOLTE LÁ, vai por mim.

  • Camisinha

Vá em algum filme que a sala esteja bem cheia, dificil de encontrar alguns lugares decentes para se sentar. Compre uma camisinha nova na farmácia, abra, introduza um pouco de cola branca e água dentro dela, e espalhe a gosma. FICA IGUALZINHO. Depois disso, deixe ela jogada em alguma poltrona, e aprecie a cara de nojo das pessoas que querem se sentar lá. Se quiser, pode fazer isso em várias poltronas, com certeza a diversão será maior.

  • Derrubar coisas propositalmente

Essa aqui pode deixar as pessoas encaralhadas, causando irritações e possíveis brigas. Compre seu super-hiper-mega-boga-ultra-podre combo ( Pipoquinha de saquinho + Guaraná Jesus = R$35) e tome até acabar o refrigerante. Encha o copo de água do bebedouro e entre no cinema. Quando for sentar, esbarre o máximo de vezes posível nas pessoas, e perto do seu assento, derrube a água “acidentalmente” na cara de alguém. Peça mil desculpas, e saia da sala. Encha o copo de novo, e repita o procedimento em outra parte do cinema. E assim vai… se ninguém te bater até desmaiar ou te der um tiro, pode repetir quantas vezes quiser !

  • Hardcore

Olha, se você for uma pessoa que não tem vergonha de ser considerado um total    demente, tente essa. Junte seus amigos hardcore/headbangers, e leve um som. No  meio do filme, vão para a frente do telão, liguem o som naquele death metal  escrotamente extremo, e comecem uma rodinha punk. Mas tem que ser muitas  pessoas, e num cinema bem cheio. É engraçado, vai divertir muitos, mas em menos de  10 minutos, virão seguranças, então, CORRAM PARA AS COLINAS!!!! E NÃO  ESQUEÇA  O SOM !

E aqui terminamos esse Programa Educacional e esperamos que você não faça nada que está escrito aqui. Se fizer, não seja preso e fica tudo amigo.

Wandercleyson agradece a você mais uma vez!


25% dos lucros vai para Wandercleyson continuar indo nos cinemas e pagando fiança de seus amigos. 25% vai para o Relaçoes Publicas da WC Comunicação para reparar possiveis danos causados por esse Programa Educacional. 40% vai para o PostPira tentar recuperar sua reputação perdida e 10% vai para o meu bolso.

P.S. – Wandercleyson é funcionário do mês, há 240 meses, da WC Comunicação. Nunca foi flor que se cheire, é imcompetente e beberão porem não podemos perder o bendito fruto entre as 32 mulheres que trabalham na WC. Mesmo desaprovando o comportamento joselítico dele, ele continua sendo o funcionário do mês. Inclusive do mês que vem.

A Guerrilha dos Beatles

O décimo terceiro e último álbum dos Beatles, Let It Be, foi  lançando em 8 de maio de 1970, paralelamente com um filme: Live. O filme ganhou o Oscar de melhor trilha sonora original. A canção que leva o nome do álbum chegou ao topo da Billboard em 13 de junho, onde permaneceu quatro semanas.

8 de maio. 40 anos atras.  Marco na historia. Calma, calma, estou apressando as coisas. Vamos retroceder. Começar por explicar o titulo desse post.

Guerrilha, na liguagem militar, classifica-se como:

Tipo de combate não convencional no qual o principal estratagema é a extrema mobilidade dos combatentes. Se por um lado os guerrilheiros muitas vezes carecem de equipamento, por outro contam com a ajuda de populações que os defendem.

Guerrilha é surpreender. Colocar seu exercito onde ninguém colocou de forma inteligente e perspicaz. Saber usar as ferramentas e marcar seu território.

Na linguagem publicitária, classifica-se como:

Tipo de publicidade não convencional no qual o principal estratagema é a extrema mobilidade dos anunciantes. Se por um lado os anunciantes muitas vezes carecem de equipamento e grandes pacotes de mídia adequados, por outro contam com a ajuda de populações que os defendem.

Guerrilha é surpreender. Colocar sua marca onde ninguém colocou de forma inteligente e perspicaz. Saber usar as ferramentas e marcar seu território.

O seeding, a infinita criação de sites de compartilhamento de mídia e a popularização do famigerado viral, termo que de certo modo designa o sucesso da guerrilha, contribuíram para o aperfeiçoamento da tática. Mas até hoje não se tem uma resposta para: quem foi que inventou essa porcaria de marketing de guerrilha?

Teorias existem várias. Cada pseudo-intelectual (leia-se universitario metido a besta) tem a sua. Inclusive eu. Ela pode até não ser a mais correta, mas com certeza é a mais romântica.

Em 30 de janeiro de 1969, nos telhados da Apple Studios, quatro cabeludos surgiram sem aviso prévio e fizeram aquela que seria a última apresentação dos Beatles em público. E talvez a mais bem sucedida guerrilha de todos os tempos.

A idéia de subir até o telhado da gravadora e realizar o Rooftop Show ja virou lenda. Lennon afirmou, em entrevista a Rolling Stone de 77, que Brian Epstein, empresário do Beatles morto em 1967 de uma overdode de calmantes, costumava ironizar: “o dia que vocês quiserem realmente aparecer, cantem no meio do asfalto e de graça”.

Tal comentário de Epstein teria sido lembrado por Ringo Star na manhã daquele dia, quando os Beatles e, a sempre presente, Yoko Ono se reuniram no estúdio para definir as canções do álbum Let It Be. O baterista sugeriu que aquela era a oportunidade de ganhar mídia espontânea e gratuita, fazendo uma aparição surpresa em pleno centro de Londres.

Outra tese, bem mais defendida pelos chatos críticos musicais, é que tudo estava planejado há semanas pela Apple, e que fazia parte do projeto Get Back. Projeto ambicioso planejado pela gravadora com a  intenção de provar em público que os Beatles estavam em sintonia. Com isso em mente, a gravadora já havia preparado aquele show e, inclusive, avisado dezenas de veículos de comunicação alguns minutos antes.

Armado ou arranjando de última hora feito caldo de cana, essa guerrilha acabou virando filme. Intitulado Live, o curta mostra passo a passo desde a chegada dos Beatles à gravadora, passando por entrevistas com  fãs boquiabertos na calçada até a polícia mandar o grupo parar de tocar por causa do tumulto causado.

A apresentação não dispensa comentários. O constrangimento dos Beatles durante as músicas é visivel. Aliás, George Harrison já havia demonstrado desgaste comentando meses antes que deixaria o grupo. John Lennon concordou, dizendo que ele poderia ser substituído por Eric Clapton. Mas Paul Mccartney foi efusivo ao afirmar que “não existiria Beatles com outra formação”.

Além disso, havia a presença  de Yoko Ono. Baita presença, vale salientar. Ela participou ativamente das gravações de Let It Be, dando pitacos sobre as músicas. A picuinha foi violenta. Paul  nao a suportava mais. E as brigas entre o grupo viraram rotina.

Esse último show teve como grande ponto positivo a aparição de Billy Preston, mais um que foi considerado o ‘quinto-beatle, o tecladista introduziu em Let It Be uma sonoridade mais original e moderna para época, atitude condizente para a banda que introduziu a cítara no Rock e  o tornou marca registrada do psicodelismo.

Foi uma despedida do tamanho dos Beatles? Certamente não. Mas o som precário, o clima ruim e as paredes sujas talvez tenham conseguido passar a nós, fãs, o que os quatro estavam sentido há anos. Cansaço, distância e desentrosamento. John, Paul, Ringo e George se viam como completo estranhos.

Criaram a guerrilha, porem nao resistiram a mesma.

Não havia mais diversão no palco. Eram os últimos acordes do maior grupo de todos os tempos.

Os Beatles estavam acabando.

CinePE

Ontem (30), foi meu primeiro dia de  CinePE.

Destaque para a Mostra de Curtas:

Amigos Bizarros do Ricardinho (35 mm, Ficção, Direção: Augusto Canani, 21’, RS)

Levou o público à aaaaaaaaaltas risadas. E o público publicitário, tenho certeza, riu ainda mais.

O curta se passa numa agência de propaganda e o protagonista é contratado como estagiário no setor de arte finalização. Ricardinho tem algum problema motor, o branquelo, baixinho, dos dentes tronxos, treme-treme (e aí vem um corte, mostrando ricardinho tremendo durante uma prova, quando ainda criança) e se atrapalha um pouco, atrasando as peças. Um locutor em off narra todo o filme, até que cabra começa a falar. E aí a gnt conhece os estranhos amigos de Ricardinho, através de histórias – que por sinal,  não eram para ser piadas – que ele conta, pegando a deixa nas desgraças dos colegas de trabalho. O CinePE aplaudiu por um considerável tempinho aquele sotaque gaúcho, ché.

Além desse, tivemos:

Se Meu Pai Fosse de Pedra (Digital, Documentário, Direção: Maria Camargo, 19’, RJ)

O Plano do Cachorro (Digital, Ficção, Direção: Arthur Lins e Ely Marques, 10’, PB)

Zé(s) (35 mm, Documentário, Direção: Piu Gomes , 15′, RJ)

Quando a Chuva Chegar (35 mm, Ficção, Direção: Jorane Castro , 15′, PA)

Destaque para “Zé (s)” – que mostrou de forma belíssima o encontro entre José Celso Martinez e José Perdiz – e pro casal de velhinhos se agarrando no “Quando a Chuva Chegar”.

O longa, pra encerrar a Mostra Competitiva,  ficou por conta do diretor Jorge Durán com o filme “Não Se Pode Viver Sem Amor”.

Como eu sempre digo, filme brasileiro tem que ter Ângelo Antônio sofrendo.

E ele tava lá, assistindo pela primeira vez (foi o que ele disse no discurso) o filme que protagonizou.

Quem não apareceu pessoalmente foi Cauã Reymond, que tá um gatinho em cena.

Foto (via Revista Quem)

Cauã era João, personagem que levantou risadas quando, atrapalhado, resolve roubar para pagar suas dívidas e se casar com Gilda (Fabiula Nascimento), uma prostituta. Ríamos da cara de pau do sujeito, que rouba, sequestra e invade a casa do personagem vivido por Ângelo no dia da morte de seu pai. Toda a história se passa no Rio, às vesperas do Natal. Rogério Fróes – o pai morto – subiu no palco, antes da exibição, pra falar da admiração que teve com o Evento, na verdade, com o entusiasmo do público. Falou bonito. 2000 mil pessoas lotando o cinemão do centro de convenções, respondendo com aplausos, vaias, risos… Nãos se encontra facilmente por aí.

A homenageada Júlia Lemmertz, recebeu o Calango de Ouro.

Que mulher linda, minha gente. Pena que não levou o marido pra gnt cruzar com ele pelos stands… :s

Noite passada gastei bem meus 4 conto de estudante.

Tenho certeza que hoje será um bom investimento também (campanha publicitária feelings).

Aí vai a programação:

MOSTRA COMPETITIVA DE CURTAS E LONGAS-METRAGENS
Hora: 18h30
Local: Cine Teatro Guararapes – Centro de Convenções
Acesso: Ingresso (Inteira R$8,00 / Meia R$4,00)

MOSTRA COMPETITIVA DE CURTAS DIGITAIS
Áurea (Digital, Ficção, Direção: Zeca Ferreira, 16’, RJ)
Família Vidal (Digital, Documentário, Direção: Diego Benevides, 15’, PB)

MOSTRA COMPETITIVA DE CURTAS-METRAGENS EM 35 MM
Geral (35 mm, Documentário, Direção: Anna Azevedo, 14′, RJ)
Nego Fugido (35 mm, Ficção, Direção: Cláudio Marques e Marília Hughes Guerreiro , 16′, BA)
Um Médico Rural (35 mm, Ficção, Direção: Cláudio G. Fernandes, 21′, PE)
Homem-Bomba (35 mm, Ficção, Direção: Tarcísio Lara Puiati, 13′, RJ)

HOMENAGEM
Tony Ramos

MOSTRA ESPECIAL DE LONGAS-METRAGENS – HORS CONCURS
Quincas Berro D’Água (35 mm, Ficção, Direção: Sérgio Machado,102’, RJ)

The Pervert’s Guide to Cinema

Folks,

Como vocês classificam algo como sendo bom? Na minha concepção, algo é bom quando transforma o momento, quando me tira da calmaria. Porém, fantástico mesmo é quando além de tirar-me da normalidade, muda permanentemente minha ótica e quando se torna o novo paradigma em determinado segmento.

Sendo assim, trago outra sugestão que obrigatoriamente devo passar à diante: The Pervert’s Guide to Cinema.

Um dos melhores documentários que já assisti. E que também posso classificar como fantástico, pois ele mudou para sempre minha forma de assistir produções cinematográficas. Agora, como um cão, vasculho o quanto for necessário os vídeos para destrinchá-lo e identificar o significado de cada objeto, ação, corte ou tomada.

O longo documentário (2h30), mas que parece passar tão rápido como um trivial folhetim, de nada se remete à enfadonhas palestras ou aulas. O filme mesmo sendo de alto teor intelectual não nos parece cansativo, pois o filósofo, cinéfilo e psicanalista de nome difícil Slavoj Žižek, traça seu contínuo através da história da cinematografia com leves pitadas de comicidade e metalinguagem, fazendo da película uma gostosa aventura investigativa.

É louvável o esforço do filósofo em trazem ao solo em que pisamos, teorias, as vezes, tão enigmáticas e de difícil entendimento. Usando dos artifícios da própria linguagem audiovisual, Slavoj, clareia aspectos antes passados despercebidos por muitos, sempre de mão da psicanálise lacaniana como aporte para o entendimento da poética de seus autores. Cineastas estes dos mais diversos, como: Kubrick, Lynch, Eisenstein, Bergmam,  e com enfoque principal nas obras de Hitchcock, o mais psicanalista em sua opinião.

E como não podia falar do doce, dar água na boca e não ofertá-lo, legendei o filme e dividi em 4 partes para download e ainda o programa para juntar as partes:

Parte 1 | Parte 2 | Parte 3 | Parte 4 | Hjsplit

Bom filme!

Hélio Nunes.


“Cinema is the ultimate pervert art. It doesn’t give you what you desire, it tells you how to desire.”