Passeando por aqui um pouco dei de cara com “Secrets of Egypt”. Essa criação de Kevin Roodhorst, despertou um desejo antigo que eu tinha de saber mais sobre a arte egípcia. Aqueles traços simples que “distorceram” as formas humanas e as cenas de um passado muito, muito distante….
A primeira vista, os desenhos são primários o suficiente para que irmãos/primos/filhos ou qualquer referência de pessoinha sem a menor noção de perspectiva ou cores e com o mínimo de propósito ao representar o que vê, tenha habilidade de fazer igual ou melhor arte. Mas, se hoje enxergamos essas peças como objetos ou monumentos de decoração, no passado elas eram produzidas de forma a atender algum propósito prático. Ou tu acha que 30 anos de trabalho escravo levantando uma pirâmide só pra embunitar o ambiente não significaria tumulto, confusão e gritaria?
Tudo que eles produziam tinha importância religiosa. As pirâmides eram erguidas para facilitar a chegada do divino faraó ao céu, técnicas para preservar o corpo foram desenvolvidas, assim como esculturas foram feitas para que a imagem do caba fosse perpetuada e sua alma permanecece.
A representação da realidade foi colocada em segundo plano. O importante era preservar a vida com a maior fidelidade possível da maneira que estamos mais acostumados a vê-la. Por isso, tudo tinha que estar lá: os dois braços, todos os dedinhos das mãos, as duas pernas, os dois pés… O ângulo não importava, os olhos sempre olhavam para frente (um pouco macabro, eu acho). As coisas não eram vistas de outro ângulo senão frontal – podemos encontrar pátios com o lago visto de cima e as árvores vistas de frente pelo simples fato de que essa era a representação que mais mostrava a cena. Particularmente, as cores são a minha paixão na arte egípcia.
Muita gente se inspira no Antigo Egito para suas criações.
A própria Cleópatra foi perpetuada pela 7ª arte. A maquiagem, as cores, as poses, os ícones (animais, formas geométricas, múmias) vira e mexe tão por aí. Acho que acima de tudo, os egípcios mexem com o imaginário… e hollywood ajudou né?
No carnaval, então? Sempre tem gente que se passa…
A nossa querida publicidade, claro, não poderia ficar de fora. Essa peça ficou em 3º lugar num concurso que a Eastpak promoveu.
O portuga João Monteiro escolheu as construções mais antigas do mundo para representar bem o slogan da marca de mochilas – “Built to resist” – através dessa ilustração.
Não que o resultado tenha ficado supimpa, mas a idéia foi legal.
Confira o “Lado Bom de Ser Gay” e comprove que até as guei se amarram na Epípcia.